Nesta sexta-feira, uma falha de software originada de uma atualização do produto da empresa de segurança cibernética CrowdStrike causou perturbações significativas em sistemas de computadores ao redor do mundo. Essa falha resultou na suspensão de voos, afetou serviços bancários e levou emissoras de TV temporariamente fora do ar. A atualização problemática afetou principalmente usuários do sistema operacional Windows, da Microsoft, que posteriormente anunciou a correção do problema.

George Kurtz, CEO da CrowdStrike, esclareceu que a empresa estava “trabalhando ativamente” para resolver um defeito encontrado em uma atualização específica para hosts Windows. Ele enfatizou que o incidente não se tratava de um ataque cibernético ou problema de segurança, mas sim de uma correção sendo implantada.

A falha teve impactos significativos em consumidores brasileiros, afetando diversos setores. Voos foram cancelados ou atrasados, bancos enfrentaram interrupções nos serviços e a telefonia também foi afetada. De acordo com a FlightAware, plataforma que monitora a situação global dos voos, mais de 28 mil voos ao redor do mundo foram impactados pelo caos gerado pela falha cibernética.

No Brasil, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que a maioria das instituições financeiras já havia normalizado seus serviços após serem afetadas em diferentes escalas pela pane. O Banco Central confirmou que todos os seus sistemas estavam funcionando normalmente, assim como a B3, que afirmou não ter tido nenhum serviço ou plataforma de operação afetada pela falha técnica.

A CrowdStrike, empresa responsável pela atualização problemática, é uma renomada companhia de segurança cibernética sediada em Austin, Texas, EUA. Fundada há 13 anos, emprega quase 8.500 pessoas e oferece soluções de segurança para governos e grandes corporações globais, incluindo bancos, empresas de saúde e energia. Sua plataforma CrowdStrike Falcon tem sido utilizada desde 2011, estando presente em dispositivos Windows em todo o mundo, o que explica a amplitude do impacto da falha.

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, detalhou que o problema foi causado por um defeito em uma atualização de conteúdo para o Windows, que não afetou outros sistemas operacionais. Ele afirmou que o problema já havia sido identificado, isolado e corrigido, reiterando que não se tratava de um incidente de segurança ou ataque cibernético. Apesar disso, as ações da CrowdStrike caíram até 21% nas negociações pré-mercado, refletindo a preocupação do mercado com os impactos da falha.